terça-feira, 19 de julho de 2011

O grande jogo XV

O oitavo capítulo, Sachs na África, discorre sobre todos os velhos problemas do continente africano. Dou destaque a duas coisas ditas por Magnoli, sendo uma correta e a outra não.

A coisa correta é sobre a ajuda financeira dos países ricos, que, ao contrário do que muita gente pensa, ocorre abundantemente. Magnoli denuncia que isso não adianta nada, chegando a citar estudos que mostram que "80% do dinheiro direcionado à África Subsaariana sob essa rubrica, entre as décadas de 70 e 90, retornou em menos de um ano para os países ricos, em geral na forma de investimentos em bancos suíços e ou suntuosas villas no Mediterrâneo". Os casos narrados mostram que o problema da África não é a fictícia falta de caridade do resto do mundo, e sim a corrupção de suas próprias sociedades.

A coisa errada é que Magnoli elogia os programas de combate à AIDS de alguns países, como Senegal e Uganda, atribuindo seu sucesso à distribuição de preservaticos, às campanhas de conscientização das mulheres e ao investimento em saneamento básico. Mas ele não mencionou que esses governos investiram também na difusão das únicas ações realmente eficazes: a castidade dos solteiros e a fidelidade dos casados.

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