terça-feira, 31 de julho de 2012

Richard Dawkins's refusal to debate iscynical and anti-intellectualist

Acabo de postar no outro blog uma tradução do artigo em que o filósofo ateu Daniel Came criticou a covardia e o irracionalismo de seu colega de Oxford, Richard Dawkins, por causa de sua recusa a debater com William Lane Craig.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Why I refuse to debate with William Lane Craig

Publiquei no outro blog algumas considerações sobre as justificativas de Richard Dawkins para não debater com Craig, publicada no The Guardian no fim do ano passado.

domingo, 25 de março de 2012

VINACC, ou: a mala que trouxemos da Paraíba II

No último carnaval, estivemos pela segunda vez no Encontro Nacional para a Consciência Cristã e, como no ano passado, trouxemos uma mala cheia de livros. Começando pelos lançamentos da recém-fundada Visão Cristocêntrica Publicações:

1. Muito mais que louvor: uma abordagem franca sobre a adoração na igreja, de Renato Vargens (esse foi presente do autor);

2. A mulher e o padrão bíblico de feminilidade, de Janeide Andrade Feitosa;

3. Apostasia, Nova Ordem Mundial e governança global: uma visão cristã do fim dos tempos, organizado por Uziel Santana, com contribuições de Robson Fernandes, Augustus Nicodemus, Russell Shedd, Norman Geisler e a Norma (esse eu já li);

4. Um cristão do direito num país torto: textus et conspectus sobre a realidade política brasileira, de Uziel Santana;

Os seguintes são de outras editoras, mas foram escritos por pessoas que estavam no evento como palestrantes:

5. Fale, mulher, de Joyce Every-Clayton (esse foi presente da autora);

6. A igreja e o criacionismo, de Adauto Lourenço;

7. O mundo, a carne e o diabo, de Russell Shedd;

8. Uma exposição de Tiago: a sabedoria de Deus, de Russell Shedd e Edmilson Bizerra;

9. O fim de uma era: um diálogo, crítico, franco e aberto sobre a igreja e o mundo nos dias de hoje, de Walter McAlister;

10. O Pai nosso: desvendando a mais importante oração da hstória do cristianismo, de Walter McAlister;

11. Enciclopédia de apologética, de Norman Geisler;

12. Eleitos, mas livres: uma perspectiva equilibrada entre a eleição divina e o livre-arbítrio, de Norman Geisler;

Em seguida, vêm os livros mais propriamente teológicos:

13. Paulo, o apóstolo da graça: sua vida, cartas e teologia, de F. F. Bruce;

14. O cânon das Escrituras, de F. F. Bruce;

15. O comentário de João, de D. A. Carson;

16. Escândalo: a cruz e a ressurreição de Jesus, de D. A. Carson;

17. Jesus e os evangelhos: uma introdução ao estudo dos quatro evangelhos, de Craig Blomberg;

Compramos também algumas obras mais históricas e biográficas:

18. História ilustrada do cristianismo, em dois volumes, de Justo Gonzales (esse eu li há vários anos na edição original, em dez volumes, e achei que valia a pena ter em casa);

19. E se Jesus não tivesse nascido?, de D. James Kennedy e Jerry Newcombe;

20. C. S. Lewis, o mais relutante dos convertidos, de David Downing;

21. João Calvino: amor à devoção, doutrina e glória de Deus, organizado por Burk Parsons, com contribuições de dezenove autores, entre os quais Beeke, Ferguson, Horton, Lawson e Macarthur;

Comprei também alguns livros lançados pela Missão Portas Abertas, falando sobre os cristãos perseguidos em outras partes do mundo:

22. Cristãos secretos: o que acontece quando muçulmanos se convertem a Cristo, do Irmão André em coautoria com Al Janssen;

23. Lágrimas e sorrisos: as mulheres esquecidas da igreja perseguida, de Anneke Companjen;

24. Noite de um milhão de milagres: os bastidores do Projeto Pérola, de Paul Estabooks (esse é sobre um grande projeto de contrabando de bíblias para a China);

E, para terminar, obras que deverão ser úteis para a nossa vida familiar:

25. Instruindo o coração da criança, de Tedd Tripp e Margy Tripp;

26. Homens fortes: um guia básico para a liderança familiar, de John Crotts.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Citação X: Marquês de Montrose

James Graham (1612-1650), Marquês de Montrose, mártir sepultado na Catedral de St. Giles, em Edimburgo, Escócia. Em seu túmulo está escrito:

Scatter my ashes - strew them in the air -;
Lord, since Thou know'st where all those atoms are,
I'm hopeful Thou'lt recover once my dust,
And confident Thou'lt raise me with the just.

Espalhem-se minhas cinzas, dispersem-se no ar;
Senhor, se sabes onde cada átomo está,
Tenho esperança de que esse pó reunirás,
Confiando que com os justos me levantarás.

(citado por Edith Schaeffer em The Tapestry: the life and times of Francis and Edith Schaeffer, Waco, Word Books, 1981, p. 268)

sexta-feira, 9 de março de 2012

Levítico V

O episódio da morte dos sacerdotes Nadabe e Abiú diante do Senhor pouco depois de sua consagração, narrado em Levítico 10.1-7, traz uma porção de lições importantes, que se estendem por todo o capítulo. Tentarei resumir abaixo alguns aspectos levantados por Harrison em seu comentário.

1. Os dois sacerdotes puseram brasas em seus incensários, puseram incenso sobre as brasas e os apresentaram ao Senhor. Existem aí pelo menos três erros: primeiro, o fogo que eles apresentaram não foi retirado do altar do holocausto, que havia sido aceso pelo próprio Deus durante a cerimônia da consagração dos sacerdotes. A desobediência a esse preceito, que se encontra em 16.12, resultou na apresentação de "fogo estranho" perante o Senhor. Em segundo lugar, apenas o sumo-sacerdote tinha autorização para apresentar a Deus incenso num incensário de brasas, e mesmo ele só devia fazê-lo uma vez por ano, no dia da expiação; e nem Arão nem Moisés foram consultados quanto a essa súbita mudança nos procedimentos decretados por Deus. Trata-se, portanto, de um ato intencionalmente rebelde, usurpador e profanatório, e não de mero descuido.

2. Além de tudo isso, é provável que os dois estivessem bêbados, o que constitui transgressão adicional pela falta de reverência implicada nesse estado. É o que diz a tradição oral rabínica, e isso explica a proibição, feita no versículo 9, do consumo de bebidas inebriantes pelos sacerdotes antes de oficiar os rituais.

3. O final do capítulo mostra que a questão fundamental não é a mera obediência a regrinhas rituais supérfluas, e sim o espírito de obediência e sujeição ao Deus que impôs essas regrinhas. Arão e seus dois filhos restantes erraram em não seguir o ritual prescrito em 9.8-11. Não se sabe se não o fizeram por excessiva tristeza, por medo ou por terem ficado apenas desnorteados em decorrência da morte de Nadabe e Abiú. Seja como for, nao havia espírito de rebeldia, e por isso foram perdoados por Deus e por Moisés.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Sumário - livretos da PES

Entre outubro de 2009 e fevereiro de 2010, fiz uma série de dez postagens sobre vários livrinhos da PES, que eu e a Norma ganhamos de presente do pr. Augustus. Com exceção de um livreto do pb. Solano Portela, o "Cinco pecados que ameaçam os calvinistas", são todos de autoria do próprio Augustus.

1. Calvino e a responsabilidade social da igreja: 27 de outubro de 2009;
2. Calvino, o teólogo do Espírito Santo: 2 de outubro de 2009;
3.
Tolerância no Novo Testamento: 11 de novembro de 2009;
4.
Cinco pecados que ameaçam os calvinistas: 17 de novembro de 2009;
5. Cinco pecados que ameaçam os calvinistas: 10 de dezembro de 2009;
6. Ordenação de mulheres: 22 de janeiro de 2010;
7. Ordenação de mulheres: 31 de janeiro de 2010;
8. Teologia relacional: 9 de fevereiro de 2010;
9. Teologia relacional: 15 de fevereiro de 2010;
10. Teologia relacional: 21 de fevereiro de 2010.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Citação IX: Edith Schaeffer

"Eu me lembrei de mim mesma aos cinco anos, inclinando-me sobre a amurada de nosso navio The China enquanto chegávamos ao porto de Honolulu, em 1920. Eu amei os telhados rosados e as palmeiras verdes, e decidi voltar ali algum dia. Eu estava a caminho daquele grande país onde, assim eu ingenuamente pensava, todas as pessoas conheciam o Deus verdadeiro e ninguém abandonava suas bebezinhas à morte em um pagode pelo fato de elas não serem meninos, como se fazia na China. Que desejo ardente tinha eu de ver aquilo deixando de acontecer em todo lugar, de ter a certeza de que eu poderia um dia vir a falar e explicar por quê os bebês não devem morrer! Agora, sessenta anos depois, eu estava em uma parte da América, um país em que as pessoas vieram a pensar que não há problema em matar seus próprios filhos, sejam meninos ou meninas - aquelas de quem elas serão os ancestrais. Como eu, aos cinco anos, teria gritado de choque e desapontamento se soubesse que as pessoas estavam se convencendo de que estavam sendo "libertas" ao mergulhar nas práticas pagãs de abandonar seus filhos e filhas. Eu tinha idade suficiente para falar agora, pensei enquanto dava minha palestra. A mensagem era tragicamente necessária na última parte do mesmo século. Que coisa incrível é o 'progresso'! Uma evolução do mal! ... Ou uma confusão quanto ao que é amargo e o que é doce, o que é alimento e o que é veneno, o que é vida e o que é morte."

(The Tapestry: the life and times of Francis and Edith Schaeffer, Waco, Word Books, 1981, p. 558-559; tradução minha)

P.S.: Filha de missionários, Edith nasceu na China, e conheceu o Havaí, aonde retornou em 1980, durante sua primeira viagem aos Estados Unidos.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Dois novos posts

Hoje mesmo saíram dois novos posts sobre livros. A Norma publicou em seu blog o texto Da série "O que Deus fez por você através da cultura" I, em que faz um comentário baseado no livro How christianity changed the world [Como o cristianismo mudou o mundo], de Alvin J. Schmidt. E eu acabo de publicar em meu blog alguns comentários sobre The challenge of marxist and neo-marxist ideologies for christian scholarship [O desafio das ideologias marxistas e neomarxistas para a academia cristã], organizado por John C. Vander Stelt, no post Empréstimo perpétuo.

A soberania banida XII

Para encerrar esta série, aqui vão dois excelentes parágrafos, retirados do último capítulo. Não é necessário acrescentar-lhes comentário algum. O primeiro é do próprio Wright:

"Há muitos anos, os sociólogos inventaram a expressão 'a localização da realidade suprema' e a usaram para identificar o modo como certas culturas e comunidades se referiam aos padrões supremos ou fontes de significado religioso. Desse modo, eles tinham identificado a importância da questão filosófica da localização da origem suprema do significado para construir uma cultura estável. Analisar como as culturas evoluem a partir da decisão de localizar a referência suprema em algum lugar (neste mundo ou no seguinte, no Estado, numa revelação, numa experiência mística etc.) tornou-se uma atividade sociológica importante, e algumas notáveis descobertas foram feitas. Por exemplo, os filósofos disseram, durante séculos, que o ponto de referência supremo numa cosmovisão ou filosofia tem efeitos importantes sobre como uma cultura resultante dessa cosmovisão pensa sobre Deus e sobre o progresso do mundo. Finalmente, ela influencia o modo como essa cultura trata os seres humanos que estão sob seu poder."

E a segunda citação, que complementa maravilhosamente a primeira, é de autoria de Cornelius Van Til, escrita como parte da resposta a uma crítica ao seu pensamento redigida por Clark Pinnock. Se bem entendi o que houve, tanto a crítica quanto a resposta foram publicadas no livro Jerusalem and Athens. Van Til disse ao seu detrator o seguinte:

"Eu concordo com você que a Escritura deve falar por si mesma. Na verdade, eu quero que ela nos diga o que Deus é, o que o mundo é e o que somos nós como humanos, não depois, mas antes de começarmos a falar de metafísica, epistemologia e ética. Pensar que eu concebo a 'fé cristã' como um 'sistema metafísico abstrato apoiado pelo pressuposicionalismo' é confundir completamente a arremetida total do pensamento reformado. Eu observo, ao contrário, que, como cristãos, devemos olhar para o mundo como o próprio Cristo o fez; e que, se alguém não o olha assim, vê o mundo de modo falso. Consequentemente, a tentativa de encontrar Deus no mundo sem olhar através dos olhos de Cristo é inútil, não porque o mundo não revele Deus (ele continuamente clama em alta voz aos homens sobre a existência de Deus), mas porque os homens precisam de novos olhos."

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Levítico IV

"Esta é a lei do holocausto, da oferta de manjares, da oferta pelo pecado, da oferta pela culpa, da consagração e do sacrifício pacífico, que o SENHOR ordenou a Moisés no monte Sinai, no dia em que ordenou aos filhos de Israel que oferecessem as suas ofertas ao SENHOR, no deserto do Sinai." (Levítico 7.37-38)

Esse trecho, segundo Harrison, é o desfecho de toda a seção inicial do livro. Dá para perceber, de fato, que ele tem cara de conclusão e menciona os principais tópicos já abordados. Contudo, Harrison fornece informações muitíssimo interessantes sobre a forma literária desse trecho; coisas que só um estudioso do antigo Oriente Próximo poderia saber. Segundo o comentarista, trata-se de um "colofão", cuja função é semelhante à da folha de rosto nos livros modernos, embora se situe sempre no final do texto, e não no início. Esse é um procedimento redacional muito comum na antiga Mesopotâmia, e foi identificado em muitas tábuas encontradas em escavações arqueológicas do segundo milênio a.C.. Geralmente, o colofão mesopotâmico continha uma breve designação do conteúdo, a data da composição e o nome do dono ou do escriba. Esses três elementos são facilmente identificáveis no trecho acima. Harrison acrescenta que o Moisés retratado no Pentateuco, tendo sido instruído na cultura egípcia, certamente conhecia os procedimentos de escrita mesopotâmicos, dada a influência da cultura babilônica na época. Na medida em que fui lendo essa descrição, despontou em minha mente a percepção das implicações desse fato contra a teoria de uma autoria tardia da Torah. E, de fato, Harrison não deixou de chamar a atenção para esse fato, já na página seguinte, defendendo também a unidade do texto:

"O colofão em Levítico 7.37-38 marca o término de uma seção importante de matéria legislativa, autentica-a e data-a decisivamente no segundo milênio a.C.. Não pode haver absolutamente qualquer questão deste colofão ser uma falsificação, nem uma retrojeção à época de Moisés por um redator muito posterior. Como outros exemplares do seu tipo da Mesopotâmia, testifica da autoria e data, assim como faz a página de rosto de um livro moderno. O corpo inteiro da legislação dá todas as indicações da antiguidade, contendo exemplos da terminologia técnica sacrificial antiga, alguns elementos da qual já haviam se tornado obsoletos nos tempos de Moisés. A antiguidade e a continuidade das matérias sacerdotais é característica das nações do Oriente Próximo antigo e, portanto, não é excepcional dos antigos círculos israelitas. Não somente pode esta seção ser atribuída na sua totalidade, com completa confiança, ao período mosaico, mas também, por causa da natureza da matéria e do grau de veneração atribuído ao escriba que a compilou, deve haver considerável dúvida se quaisquer modificações textuais, a não ser as mínimas, foram feitas no decurso da história inteira de sua transmissão."

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A soberania banida XI

O livro se encerra com o décimo primeiro capítulo, intitulado A localização da referência suprema e os atributos de Deus: um debate atual. Boa parte do capítulo é dedicada a uma análise dos rumos preocupantes de certos segmentos da teologia moderna, exemplificados na trajetória intelectual de Clark Pinnock, ex-aluno de ninguém menos que F. F. Bruce (eu não sabia dessa). Merece destaque a análise de um debate, publicado no livro Theological crossfire, entre Pinnock e Delwin Brown, um liberal e adepto da teologia do processo que atacou magistralmente a meia ortodoxia que Pinnock sustentava na época (1990) e que, ao que parece contribuiu para a deriva deste em direção a posições cada vez menos bíblicas. O capítulo é muito bom; embora eu discorde de uma de suas afirmações centrais - a de que é contraditório sustentar ao mesmo tempo que Deus é bom porque deseja o bem e que o bem é bom por ser desejado por Deus -, o capítulo é muito bom, e o livro foi muito bem encerrado.

Este ainda não é o último post sobre essa obra de Wright, mas já é tempo de dizer que é um bom livro. Quem leu com atenção esta série de postagens percebeu que, embora eu tenha reservas que considero de não pequena importância, também aprendi dele várias lições valiosas. Encerro este post com mais uma, na qual fica claro o preço que pagamos por entender a mente de Cristo de modo demasiado superficial, seja por desprezar a precisão doutrinária, seja por achar que ela é suficiente por si só em nossa batalha contra o mundo. No parágrafo abaixo, Wright mostra a urgência de buscarmos uma cosmovisão integralmente bíblica.

"Há diversas razões pelas quais essa questão não é enfrentada de modo adequado hoje. A primeira é o antiintelectualismo subjacente de muitos, juntamente com a perda da confiança nas formulações doutrinárias. Os pragmáticos evangélicos modernos portam-se como se pudéssemos nos dar bem sem formulações doutrinárias claras. Segunda, muitos evangélicos não possuem nenhum conhecimento da história do sincretismo perene com o humanismo através dos anos e simplesmente confiam que a teologia conseguirá guardar-se incontaminada do mundo por limitar-se a um punhado de fundamentos-chave. Mas a história mostra algo diferente. Isso não funcionou na igreja primitiva, quando esse fundamento era o Credo Apostólico. Não funcionou na era puritana, quando John Owen discutiu com Richard Baxter a respeito das exigências mínimas para uma igreja estatal razoavelmente abrangente. Não funcionou nos anos 20, quando os fundamentalistas redigiram uma pequena lista de cinco, sete ou dez fundamentos para formar o último muro de defesa contra o modernismo."

No próximo post, encerrarei esta série com duas citações extremamente importantes, que demonstram acima de toda dúvida o valor do capítulo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sumário - The fractal geometry of nature

O segundo sumário contém os links para a série de onze postagens que fiz sobre o excelente livro The fractal geometry of nature [A geometria fractal da natureza], do matemático Benoît Mandelbrot, publicada de outubro de 2009 a janeiro de 2010:

1. 14 de outubro de 2009;
2. 24 de outubro de 2009;
3. 28 de novembro de 2009;
4. 4 de dezembro de 2009;
5. 16 de dezembro de 2009;
6. 22 de dezembro de 2009;
7. 28 de dezembro de 2009;
8. 6 de janeiro de 2010;
9. 12 de janeiro de 2010;
10. 19 de janeiro de 2010;
11. 25 de janeiro de 2010.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Levítico III

"Mas o couro do novilho, toda a sua carne, a cabeça, as pernas, as entranhas e o excremento, a saber, o novilho todo, levá-lo-á fora do arraial, a um lugar limpo, onde se lança a cinza, e o queimará sobre a lenha; será queimado onde se lança a cinza." (Levítico 4.11-12)

O trecho acima está inserido na descrição dos procedimentos rituais para a remoção dos pecados do sumo sacerdote. Sobre o significado espiritual do lugar escolhido para a fogueira que consumia o animal sacrificado, Harrison traz interessantes considerações, tanto do ponto de vista mosaico quanto da perspectiva cristã:

"O lugar limpo era situado 'onde se lança a cinza' (em hebraico, shepek haddeshen), sendo que essa frase ocorre somente aqui no Antigo Testamento. Presumivelmente, aqui está sendo aludida a área ao leste do altar do holocausto, onde eram depositados lixo (conforme 1.16), cinzas ensopadas de gordura e detritos semelhantes. O animal não poderia ser queimado no altar, porque o ritual não visava obter expiação para o sumo sacerdote, mas sim remover a contaminação causada por seu comportamento ilícito. Logo, a carcaça era desfeita pelo fogo no local do montão de lixo sacrificial fora do arraial. Esse procedimento foi mencionado em Hebreus 11-13, onde Jesus foi assemelhado aos animais cujo sangue tinha sido trazido ao santuário pelo sumo sacerdote como sacrifício pelo pecado. No Calvário, o Salvador sofreu fora do portão (isto é, fora de Jerusalém) a fim de santificar o povo mediante seu próprio sangue. O cristão é conclamado a 'sair a ele, fora do arraial' (Hebreus 13.13) e oferecer sempre, por meio dele, 'sacrifício de louvor a Deus' (Hebreus 13.15). Para os israelitas, o exterior do arraial era território imundo. Mas, porque Jesus foi rejeitado na cidade santa e crucificado fora de suas veneradas muralhas, os valores antigos tinham sido completamente invertidos. Qualquer lugar onde Jesus seja encontrado agora torna-se sagrado para o cristão, que tem consciência de que o poder transformador de Cristo altera regras, situações e pessoas da mesma maneira. A fé uma vez entregue aos santos (Judas 3) doravante já não é uma questão tribal ou territorial, mas sim cósmica em suas dimensões, a fim de que Cristo seja tudo em todos (Colossenses 3.11)."

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O racionalismo dos irracionais V

E aqui vai a quinta e última postagem sobre o artigo de Felipe Sabino de Araújo Neto.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Sumário - Poemas de amor, poemas de guerra

Inauguro hoje os sumários, que têm como objetivo reunir os links para as séries de postagens que já fiz neste blog. Começando pela tese de doutorado da minha esposa Norma, Poemas de amor, poemas guerra, sobre a qual publiquei nove posts entre setembro de 2009 e janeiro de 2010:

1. 13 de setembro de 2009;
2. 5 de novembro de 2009;
3. 14 de novembro de2009;
4. 20 de novembro de 2009;
5. 19 de dezembro de 2009;
6. 20 de dezembro de 2009;
7. 31 de dezembro de 2009;
8. 9 de janeiro de 2010;
9. 15 de janeiro de 2010.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A soberania banida X

O décimo capítulo se chama O problema do mal: a fortaleza final da incredulidade?. O que há nele de mais interessante é um comentário algo extenso, embora um pouco confuso, ao livro God and philosophy, escrito por Anthony Flew ainda em seus tempos de ateísmo. Até onde sei, porém, a opinião de Flew sobre o problema do mal não mudou de modo substancial depois de sua "conversão" ao teísmo deísta. De resto, o capítulo é um misto de verdades já conhecidas e erros e limitações oriundos do racionalismo e determinismo do autor. Considero muito mais profunda, completa, rica, satisfatória e recomendável a análise do mesmo tema feita por Peter Kreeft no livro Buscar sentido no sofrimento, do qual apenas umas poucas páginas poderiam ser eliminadas em virtude de seu catolicismo ou de simples erros de argumentação.