Como de costume, os livros escolhidos para o top ten deste ano foram dispostos na ordem em que os li. E, como de costume, o fato de merecerem estar na lista abaixo não me obriga a aprovar integralmente seu conteúdo. Feitos esses esclarecimentos chatos, embora necessários, vamos ao que interessa.
1. A cruz de Cristo, de John Stott (São Paulo: Vida, 2006); recomendado pelo pr. Diogo Jorge. Uma exposição teológica de altíssimo nível sobre a doutrina bíblica da salvação, feita com rigor, clareza, sensibilidade e piedade.
2. A barca de Gleyre, de Monteiro Lobato (São Paulo: Globo, 2010); recomendado pela Norma. Décadas de cartas ao melhor amigo de um de nossos mais importantes escritores. Como poderia não ser bom?
3. Desenvolvimento e cultura: o problema do estetismo no Brasil, de Mario Vieira de Mello (São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1963); recomendado pela Norma. História da filosofia, crítica literária, análise cultural e política, e tudo isso firmemente arraigado em solo nacional. Um passo importante na minha reconciliação com o Brasil.
4. As raízes do romantismo, de Isaiah Berlin (São Paulo: Três Estrelas, 2015). Uma exposição muito erudita e profundamente perspicaz sobre um momento transformador na história do Ocidente, feita por uma personalidade intelectual pra lá de interessante.
5. True Spirituality [Verdadeira espiritualidade], de Francis A. Schaeffer (Wheaton: Tyndale House, 1971). O caráter simples e sublime da espiritualidade cristã captado com maestria por esse grande mestre em um de seus melhores momentos.
6. Por que creio em Deus, de Cornelius Van Til (Brasília: Monergismo, 2012); emprestado pelo Fernando Pasquini. Obra apologética encantadora por sua intensa pessoalidade e boa intransigência.
7. Do shabbath para o dia do Senhor, de D. A. Carson (org.) (São Paulo: Cultura Cristã, 2006). Obra um tanto polêmica, mas de elevado nível acadêmico e cheia de insights preciosos sobre um tema importante.
8. The Idea of Nature [A ideia de natureza], de R. G. Collingwood (Nova York: Oxford University Press, 1960). Esse pequeno grande livro é uma abordagem extremamente esclarecedora sobre um tema difícil: a história das filosofias da natureza. Eu poderia passar uma vida aprendendo com esse professor.
9. Mao: a história desconhecida, de Jung Chang e Jon Halliday (São Paulo: Companhia das Letras, 2012). Obra muito bem escrita e documentada sobre o maior genocida de todos os tempos. Expõe a face sempre horripilante do totalitarismo em um de seus piores momentos. Ensina e faz pensar muito.
10. Mentira romântica e verdade romanesca, de René Girard (São Paulo: É Realizações, 2009); presente da Norma. Situado em algum lugar entre a crítica literária e a antropologia filosófica, esse livro traz uma das descrições mais apavorantes que já li do mal que há no coração humano. Mas também um dos vislumbres mais pungentes que já li sobre a natureza de sua redenção.
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