terça-feira, 12 de julho de 2011

A soberania banida

Nota: Escrevi o trecho abaixo há mais de um ano. A leitura do livro já foi concluída.

Estou lendo agora o livro A soberania banida, de R. K. McGregor Wright, que ganhei de presente do meu amigo Jorge Fernandes. Acabo de concluir a leitura do capítulo inicial, intitulado Uma controvérsia antiga e persistente. Neste post, falarei de suas várias qualidades; no próximo, abordarei seus poucos defeitos.

Trata-se de uma exposição interessante sobre a controvérsia acerca da soberania de Deus e a liberdade humana, indo desde os pais apostólicos até Clark Pinnock, passando por Pelágio e Agostinho, Gottschalk e Erígena, Erasmo e os humanistas do Renascimento, os grandes reformadores, os socinianos, Armínio e os remonstrantes, os puritanos ingleses, os iluministas, Wesley e Whitefield, Finney e os reavivalistas, Spurgeon, Lloyd-Jones, Packer, os neocalvinistas holandeses, os pressuposicionalistas dos Estados Unidos (sobretudo Clark e Van Til) e Schaeffer. O autor conta que seu interesse pelo tema teve início durante o período passado com esse último em L'Abri, e se aprofundou ao estudar sob a orientação acadêmica de Pinnock. Embora se refira a seu ex-orientador com grande respeito e simpatia, Wright é firme em sua afirmação de que Pinnock se afastou gradualmente da ortodoxia bíblica, e não esconde que "este livro começa a tarefa de responder ao seu convite para dialogar enfocando a questão central em debate: como tornar o evangelho da graça um desafio para as pessoas cultas que o desprezam".

Dessa forma, a preocupação central do livro é evangelística e apologética. O autor crê que uma concepção errada sobre a natureza do homem decaído é a grande responsável pelos fracassos da igreja na tentativa de trazer novas ovelhas para o aprisco do Bom Pastor.

O capítulo é muito bom pelo enfoque histórico sobre o ponto em questão. A abordagem em si é deveras interessante, e me acrescentou conhecimentos quanto a inúmeros detalhes. Os pontos que ele promete abordar ao longo do livro são muito pertinentes. Além disso, apreciei o valor dado por ele aos neocalvinistas holandeses, sobretudo a Dooyeweerd e Vollenhoven, que vêm despertando minha curiosidade intelectual ultimamente.

3 comentários:

  1. Não gostei André.

    Atiçar a minha fome assim é maldade. Eu só lamento que eu seja mesmo um enrolado, acho q tenho esse livro e ainda não li. Como eu lamento, como lamento!

    Espero ansioso a continuação.

    Esli Soares

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  2. Ei, André, não mate a curiosidade do Esli por completo. Eu ainda vou ler o livro, mas já estou lendo suas notas. OK?
    E, sim, suas notas instigam a ler o livro.
    NEle,
    Roberto

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  3. Esli, nesse caso o que estou fazendo é um ato de bondade. hehe

    Roberto, não se preocupe: depois que eu acabar meus comentários, ainda haverá excelentes motivos para ler o livro.

    Obrigado a ambos pelo incentivo. Abraços!

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