domingo, 24 de abril de 2011

Novo cântico II

Hoje, no dia da celebração do túmulo vazio, nada como cantar um dos mais belos hinos do nosso hinário sobre o poder do sangue do Senhor Jesus. O hino abaixo é o 269 do Novo Cântico, o hinário oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. O hino foi composto originalmente por Eden Reeder Latta sob o título Blessed be the fountain of blood, e traduzido para o português por Henry Maxwell Wright, passando a se chamar Pureza no sangue de Cristo.

Seja bendito o Cordeiro
que na cruz por nós padeceu;
seja bendito o seu sangue,
que por nós, pecadores, verteu.
Eis que no sangue lavados
e tendo puro o coração,
os pecadores remidos
por Jesus têm com Deus comunhão.

Quão espinhosa a coroa
que Jesus por nós suportou!
Oh! Quão profundas as chagas
que nos provam o quanto ele amou!
Eis nessas chagas pureza
para o maior pecador,
a quem mais alvo que a neve
o teu sangue transforma, Senhor.

Se as faltas nós confessarmos
e seguirmos na tua luz,
tu não somente perdoas;
purificas também, ó Jesus.
Lavas de todo pecado;
que maravilha de amor!
Pois que mais alvos que a neve
o teu sangue nos torna, Senhor.

Alvo mais que a neve,
alvo mais que a neve;
sim, nesse sangue lavado,
mais alvo que a neve eu estou.

domingo, 10 de abril de 2011

Produção de mudas e manejo fitossanitário dos citros

Li esse livro por causa de meu mestrado, que tratou do uso de equipamentos baseados em laser para o diagnótico de doenças em citros. Mais precisamente, a doença com que trabalhei é o greening ou HLB, doença bacteriana que é a maior ameaça à citricultura atual. Deve ser por isso que a capa do livro traz um desenho do psilídeo Diaphorina citri, o inseto transmissor do greening. O livro trata de questões diversas relativas à saude dos pomares citrícolas, e conta com a colaboração de treze profissionais - um dos quais eu conheço pessoalmente - ligados a universidades, centros de pesquisa e empresas envolvidas na citricultura. Os organizadores são Alexandre de Sene Pinto e Ronaldo Posella Zaccaro, ambos professores do Centro Universitário Moura Lacerda, localizado em Ribeirão Preto.

O Estado de São Paulo produz cerca de 80% das laranjas do país, que, por sua vez, produz quase 30% das laranjas do mundo. Lendo o primeiro capítulo do livro, que trata de métodos de produção de mudas voltados para a prevenção da contaminação por certas doenças, descobri que há em São Paulo 555 viveiros protegidos, com capacidade para a produção anual de 24 milhões de mudas. Descobri também que a onda dos viveiros protegidos é recente: só começou em 1999, como forma de combate à CVC (clorose variegada dos citros) - ou "amarelinho", para os mais íntimos. Sou informado ainda de que a legislação estadual regula tudo: a altura das bancadas sobre as quais ficam as mudas, a espessura da cobertura plástica, o pavimento dos corredores, etc.. Há também normas para as mudas produzidas: altura da poda e da enxertia, ângulo entre a copa e o porta-enxerto, diâmetro do caule e outras coisas. Não entendo o propósito de certas especificações, mas parece que as medidas deram certo: a quantidade de mudas contaminadas com CVC, que vinha oscilando em torno de 15% e chegou a 35% em 1999, caiu para cerca de 5% nos anos seguintes.

domingo, 3 de abril de 2011

The consolation of philosophy VIII

O tema do Livro V inteiro é um prolongamento lógico das questões discutidas no Livro IV referentes à Providência divina e ao Destino, conforme o trecho transcrito na postagem anterior: a discussão sobre uma possível conciliação entre a soberania divina e a liberdade humana. Por ser essa uma questão que vem ocupando minha atenção ultimamente, bem como rendendo algumas conversas com amigos, decidi que valia a pena traduzir e publicar um trecho razoavelmente longo, que resume a essência da conciliação proposta por Boécio. A primeira parte desse trecho está publicada em meu blog. A segunda parte, contendo o restante do trecho, será publicada dentro de alguns dias. Depois disso, farei alguns comentários sobre meus acordos e desacordos.