Para encerrar esta série, aqui vão dois excelentes parágrafos, retirados do último capítulo. Não é necessário acrescentar-lhes comentário algum. O primeiro é do próprio Wright:
"Há muitos anos, os sociólogos inventaram a expressão 'a localização da realidade suprema' e a usaram para identificar o modo como certas culturas e comunidades se referiam aos padrões supremos ou fontes de significado religioso. Desse modo, eles tinham identificado a importância da questão filosófica da localização da origem suprema do significado para construir uma cultura estável. Analisar como as culturas evoluem a partir da decisão de localizar a referência suprema em algum lugar (neste mundo ou no seguinte, no Estado, numa revelação, numa experiência mística etc.) tornou-se uma atividade sociológica importante, e algumas notáveis descobertas foram feitas. Por exemplo, os filósofos disseram, durante séculos, que o ponto de referência supremo numa cosmovisão ou filosofia tem efeitos importantes sobre como uma cultura resultante dessa cosmovisão pensa sobre Deus e sobre o progresso do mundo. Finalmente, ela influencia o modo como essa cultura trata os seres humanos que estão sob seu poder."
E a segunda citação, que complementa maravilhosamente a primeira, é de autoria de Cornelius Van Til, escrita como parte da resposta a uma crítica ao seu pensamento redigida por Clark Pinnock. Se bem entendi o que houve, tanto a crítica quanto a resposta foram publicadas no livro Jerusalem and Athens. Van Til disse ao seu detrator o seguinte:
"Eu concordo com você que a Escritura deve falar por si mesma. Na verdade, eu quero que ela nos diga o que Deus é, o que o mundo é e o que somos nós como humanos, não depois, mas antes de começarmos a falar de metafísica, epistemologia e ética. Pensar que eu concebo a 'fé cristã' como um 'sistema metafísico abstrato apoiado pelo pressuposicionalismo' é confundir completamente a arremetida total do pensamento reformado. Eu observo, ao contrário, que, como cristãos, devemos olhar para o mundo como o próprio Cristo o fez; e que, se alguém não o olha assim, vê o mundo de modo falso. Consequentemente, a tentativa de encontrar Deus no mundo sem olhar através dos olhos de Cristo é inútil, não porque o mundo não revele Deus (ele continuamente clama em alta voz aos homens sobre a existência de Deus), mas porque os homens precisam de novos olhos."
"Há muitos anos, os sociólogos inventaram a expressão 'a localização da realidade suprema' e a usaram para identificar o modo como certas culturas e comunidades se referiam aos padrões supremos ou fontes de significado religioso. Desse modo, eles tinham identificado a importância da questão filosófica da localização da origem suprema do significado para construir uma cultura estável. Analisar como as culturas evoluem a partir da decisão de localizar a referência suprema em algum lugar (neste mundo ou no seguinte, no Estado, numa revelação, numa experiência mística etc.) tornou-se uma atividade sociológica importante, e algumas notáveis descobertas foram feitas. Por exemplo, os filósofos disseram, durante séculos, que o ponto de referência supremo numa cosmovisão ou filosofia tem efeitos importantes sobre como uma cultura resultante dessa cosmovisão pensa sobre Deus e sobre o progresso do mundo. Finalmente, ela influencia o modo como essa cultura trata os seres humanos que estão sob seu poder."
E a segunda citação, que complementa maravilhosamente a primeira, é de autoria de Cornelius Van Til, escrita como parte da resposta a uma crítica ao seu pensamento redigida por Clark Pinnock. Se bem entendi o que houve, tanto a crítica quanto a resposta foram publicadas no livro Jerusalem and Athens. Van Til disse ao seu detrator o seguinte:
"Eu concordo com você que a Escritura deve falar por si mesma. Na verdade, eu quero que ela nos diga o que Deus é, o que o mundo é e o que somos nós como humanos, não depois, mas antes de começarmos a falar de metafísica, epistemologia e ética. Pensar que eu concebo a 'fé cristã' como um 'sistema metafísico abstrato apoiado pelo pressuposicionalismo' é confundir completamente a arremetida total do pensamento reformado. Eu observo, ao contrário, que, como cristãos, devemos olhar para o mundo como o próprio Cristo o fez; e que, se alguém não o olha assim, vê o mundo de modo falso. Consequentemente, a tentativa de encontrar Deus no mundo sem olhar através dos olhos de Cristo é inútil, não porque o mundo não revele Deus (ele continuamente clama em alta voz aos homens sobre a existência de Deus), mas porque os homens precisam de novos olhos."
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