O ano que se encerra foi pródigo em boas leituras, de modo que não foi nada fácil escolher os dez melhores livros de 2013. Mas consegui fazer a seleção, e aqui vão os vencedores, na ordem em que os li:
1. Os diários de Victor Klemperer: testemunho clandestino de um judeu na Alemanha nazista, de Victor Klemperer;
2. Ira: arrancando o mal pela raiz, de Robert D. Jones;
3. Science, faith and society: a searching examination of the meaning and nature of scientific inquiry [Ciência, fé e sociedade: um exame minucioso do significado e natureza da investigação científica], de Michael Polanyi;
4. The Christian philosophy of law, politics and the State: a study of the political and legal thought of Herman Dooyeweerd, of the Free University of Amsterdam, Holland, as the basis for Christian action in the English-speaking world [A filosofia cristã do direito, da política e do Estado: um estudo do pensamento político e legal de Herman Dooyeweerd, da Universidade Livre de Amsterdã, Holanda, como base para a ação cristã no mundo anglófono], de Hebden Taylor;
5. O verdadeiro evangelho, de Paul Washer;
6. Worldview: the history of a concept [Cosmovisão: a história de um conceito], de David K. Naugle;
7. A era de T. S. Eliot: a imaginação moral do século XX, de Russell Kirk;
8. Jerusalem and Athens: critical discussions on the philosophy and apologetics of Cornelius Van Til [Jerusalém e Atenas: discussões críticas sobre a filosofia e a apologética de Cornelius Van Til], de E. R. Geehan (org.);
9. Os trabalhadores do mar, de Victor Hugo;
10. Natureza, história, Deus, de Xavier Zubiri.
Há só mais um fato que quero registrar. Ao longo deste ano, priorizei leituras indicadas por outras pessoas, algumas através de presentes e outras de empréstimos. O resultado é que, dos dez livros acima, sete se enquadram em uma dessas categorias. É justo, portanto, que eu agradeça meus benfeitores aqui. Deixo registrada minha gratidão ao pr. Wadislau Gomes, ao pb. Solano Portela e à minha sogra, dona Célia, por terem me emprestado, respectivamente, os livros de Polanyi, Taylor e Hugo. Agradeço também ao pr. Samuel Vitalino e ao amigo Yago Martins por terem me presenteado com os livros de Jones e Washer, nessa ordem. E um agradecimento especial à Norma, minha amada auxiliadora, que me presenteou com as obras de Kirk e Zubiri.
De nada! Fico feliz em saber que o livrinho consta no seu top 10 :)
ResponderExcluirOlá André!
ResponderExcluirSegue minha lista 2013, ordenada pelo primeiro nome dos autores:
1) George Orwell: 1984
2) Georges Bernanos: Diário de um pároco de aldeia
3) Giovanni Reale: Aristóteles - Metafísica I: Ensaio Introdutório (são três tomos, só terminei o primeiro)
4) Giovanni Reale: Para uma nova interpretação de Platão
5) Gustave Flaubert: Madame Bovary
6) Louis Lavelle: O erro de Narciso
7) M. James Sawyer: Neo-Orthodoxy
8) Machado de Assis: Dom Casmurro (resolvi voltar a este após ler o livro do Gurgel)
9) Rene Girard: O bode expiatório
10) Rodrigo Gurgel: Muita retórica, pouca literatura
Destes, destaco três:
(i) o do Rodrigo Gurgel, pois oferece uma visão panorâmica da literatura brasileira do século XIX. Com isso você pode decidir o que ler ou reler desse período. Ele me ajudou a ler o Machado com outros olhos, a notar nuanças que geralmente passam despercebidas na leitura juvenil que fazemos deste autor.
(ii) o do Louis Lavelle, que é de uma leveza filosófica ímpar. Durante a leitura você é conduzido pela humildade e doçura do autor, que aborda o drama de Narciso sob a ótica dos sentimentos humanos.
(iii) o comentário da Metafísica de Aristóteles, do Giovanni Reale. É um ótimo ponto de partida para a leitura do texto “seco” de Aristóteles. Acho que eu levaria uma sova sem o auxílio desta introdução.
Abraços!
Segue o meu TOP 10 de leituras deste ano. A ordem não representa importância, mas a ordem que eu achei na estante.
ResponderExcluir1. David Bosch - Missão Transformadora: Mudanças de paradigma na teologia da missão. Editora Sinodal, 2002, 690 páginas.
2. Jostein Adna e Hans Kvalbein (ed.) - The Mission of the Early Church to Jews and Gentiles. Mohr Siebeck, 2000, 313 páginas
3. Christopher Hill - A bíblia inglesa e as revoluções do século XVII. Editora Record, 2003, 641 páginas
4. Olavo de Carvalho - O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota. Record, 2013, 615 páginas.
5. Michael Sandel - Justiça: o que é fazer a coisa certa? Civilização Brasileira, 352 páginas.
6. Darrin Patrick - O Plantador de Igrejas: o homem, a mensagem, a missão. Vida Nova, 2013, 304 páginas.
7. Wayne Grudem - O Dom de Profecia: do Novo Testamento aos Dias Atuais. Vida, 2001, 496 páginas.
8. Tom Wells e Fred Zaspel - New Covenant Theology: Description, Definition, Defense. New Covenant Media, 2002, 324 páginas.
9. Mike McKinley - Plantar igreja é para os fracos. Fiel, 2013.
10. Dan Brown - Inferno. Editora Arqueiro, 2013, 448 páginas.
Percebeu alguma vestigem de Polanyi em Zubiri, Norma? Tenho me aproximado aos poucos de sua obra e tenho gostado. Abraço.
ResponderExcluirCaro Daniel,
ResponderExcluirLi os dois primeiros da sua lista, e tenho em casa alguns outros, em especial o de Lavelle, que ainda lerei.
Caro Yago,
Não li nenhum do seu top 10. Mas os títulos que parecem interessantes. hehehe
Caro Eliandro,
Essa lista é minha. A da Norma está no outro post. hehe Só li de Polanyi esse livro que citei. De Zubiri também, na verdade, mas, por já ter lido outros de sua escola (Ortega e Marías), creio que conheço melhor seu pensamento. Lendo Zubiri, não pensei muito em Polanyi, mas há semelhanças gerais: a aversão ao racionalismo e ao reducionismo e o forte interesse na ciência moderna e sua relação com a fé cristã. Mas os assuntos dos dois livros são consideravelmente distantes. Por outro lado, lendo Zubiri eu encontrei muitos pontos de contato com Dooyeweerd.
Abraços a todos!