Sendo esse um livro destinado a demonstrar que a geometria fractal, longe de ser mera abstração típica dos matemáticos, é de imensa utilidade como descrição do mundo físico, seu autor acabou listando uma porção de aplicações, extraídas tanto da natureza quanto das obras humanas. Se não me esqueci de nenhum, os exemplos mencionados no livro são os seguintes: a medida do perímetro de ilhas ou a extensão de fronteiras irregulares e costas marítimas; a frequência de erros na transmissão de dados; a distribuição de galáxias pelo espaço; o comportamento de fluidos turbulentos; a relação entre dados fluviais, como a extensão dos rios e a área das respectivas bacias hidrográficas; a medida da área dos tecidos cerebrais dos mamíferos e seu modo de compactação; o crescimento e a ramificação de árvores e plantas; as colisões de partículas subatômicas nos aceleradores de alta energia; as propriedades dos cristais líquidos (substâncias que, sob dadas condições apresentam a mobilidade dos líquidos mantendo as propriedades ópticas dos cristais); os sistemas dinâmicos com comportamento caótico (assunto da minha iniciação científica); o movimento browniano e fenômenos relacionados (trata-se do movimento de agitação perpétua que partículas suficientemente pequenas apresentam em meio líquido); o formato de continentes, canyons, montanhas e outras estruturas geológicas, bem como superfícies rugosas em geral, inclusive em escala microscópica; as crateras lunares e outros traços de relevo associados à queda de meteoritos; a variação dos preços das mercadorias e serviços ao longo do tempo; e a frequência das palavras em função de seu tamanho e outras variáveis, em diversos idiomas. Impressionante, não?
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