Além de todos os absurdos bíblicos e lógicos da heresia relacional, listados pelo pastor Augustus nesse livreto, há um que me chamou a atenção. É psicologicamente compreensível - embora de modo algum justificável - que os teólogos adeptos dessa ideia achem impossível ter uma relação pessoal com um Deus onipotente, onisciente e soberano, e que por isso sejam induzidos a postular que Deus voluntariamente se esvaziou de tal poder a fim de possibilitar uma relação autêntica, que não poderia ocorrer devido à incompatibilidade entre a absoluta soberania divina e a liberdade humana.
Mas, se esse era o propósito único do fantasioso esvaziamento divino, por qual motivo deveria Deus abrir mão de poderes que em nada comprometem nosso livre arbítrio? Um exemplo disso é o domínio sobre as forças da natureza. Não posso imaginar de que maneira o controle divino sobre as tempestades, os furacões e os terremotos perturbaria a liberdade das escolhas humanas. Entretanto, quando acontece um desastre natural qualquer, os teólogos relacionais apressam-se a esclarecer que Deus queria muito tê-lo impedido, mas não pôde e está arrasado por isso, já que, acima de tudo, Deus é amor. E ser amor, segundo esse pessoal, é sinônimo de proporcionar conforto e evitar o sofrimento a qualquer custo.
Sendo assim, o programa teológico relacional está sujeito a uma falha básica. Mesmo que seus pressupostos fossem válidos, nada impediria que Deus, antes de criar o mundo, tivesse tomado a seguinte resolução: "Abrirei mão completamente de minha soberania sobre as decisões dos homens, mas manterei firme controle sobre as forças da natureza inanimada. Esse controle será, inclusive, uma ferramenta muito poderosa para evitar o sofrimento humano, pois assim não haverá risco de catástrofe natural alguma." O que se segue logicamente de tudo isso é que o postulado de que Deus não tem pleno domínio sobre as forças da natureza não é compatível com o motivo alegado para o esvaziamento divino. É apenas uma constatação a posteriori que, por sua vez, não pode ser harmonizada com a interpretação do amor divino sustentada pelos teólogos relacionais.
Mas, se esse era o propósito único do fantasioso esvaziamento divino, por qual motivo deveria Deus abrir mão de poderes que em nada comprometem nosso livre arbítrio? Um exemplo disso é o domínio sobre as forças da natureza. Não posso imaginar de que maneira o controle divino sobre as tempestades, os furacões e os terremotos perturbaria a liberdade das escolhas humanas. Entretanto, quando acontece um desastre natural qualquer, os teólogos relacionais apressam-se a esclarecer que Deus queria muito tê-lo impedido, mas não pôde e está arrasado por isso, já que, acima de tudo, Deus é amor. E ser amor, segundo esse pessoal, é sinônimo de proporcionar conforto e evitar o sofrimento a qualquer custo.
Sendo assim, o programa teológico relacional está sujeito a uma falha básica. Mesmo que seus pressupostos fossem válidos, nada impediria que Deus, antes de criar o mundo, tivesse tomado a seguinte resolução: "Abrirei mão completamente de minha soberania sobre as decisões dos homens, mas manterei firme controle sobre as forças da natureza inanimada. Esse controle será, inclusive, uma ferramenta muito poderosa para evitar o sofrimento humano, pois assim não haverá risco de catástrofe natural alguma." O que se segue logicamente de tudo isso é que o postulado de que Deus não tem pleno domínio sobre as forças da natureza não é compatível com o motivo alegado para o esvaziamento divino. É apenas uma constatação a posteriori que, por sua vez, não pode ser harmonizada com a interpretação do amor divino sustentada pelos teólogos relacionais.
Adendo: Escrevi as considerações acima no dia 23 de novembro, antes da catástrofe ocorrida no Haiti. Os eventos posteriores tornaram-nas mais atuais do que eu mesmo havia pretendido.
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