"Eu me lembrei de mim mesma aos cinco anos, inclinando-me sobre a amurada de nosso navio The China enquanto chegávamos ao porto de Honolulu, em 1920. Eu amei os telhados rosados e as palmeiras verdes, e decidi voltar ali algum dia. Eu estava a caminho daquele grande país onde, assim eu ingenuamente pensava, todas as pessoas conheciam o Deus verdadeiro e ninguém abandonava suas bebezinhas à morte em um pagode pelo fato de elas não serem meninos, como se fazia na China. Que desejo ardente tinha eu de ver aquilo deixando de acontecer em todo lugar, de ter a certeza de que eu poderia um dia vir a falar e explicar por quê os bebês não devem morrer! Agora, sessenta anos depois, eu estava em uma parte da América, um país em que as pessoas vieram a pensar que não há problema em matar seus próprios filhos, sejam meninos ou meninas - aquelas de quem elas serão os ancestrais. Como eu, aos cinco anos, teria gritado de choque e desapontamento se soubesse que as pessoas estavam se convencendo de que estavam sendo "libertas" ao mergulhar nas práticas pagãs de abandonar seus filhos e filhas. Eu tinha idade suficiente para falar agora, pensei enquanto dava minha palestra. A mensagem era tragicamente necessária na última parte do mesmo século. Que coisa incrível é o 'progresso'! Uma evolução do mal! ... Ou uma confusão quanto ao que é amargo e o que é doce, o que é alimento e o que é veneno, o que é vida e o que é morte."
(The Tapestry: the life and times of Francis and Edith Schaeffer, Waco, Word Books, 1981, p. 558-559; tradução minha)
P.S.: Filha de missionários, Edith nasceu na China, e conheceu o Havaí, aonde retornou em 1980, durante sua primeira viagem aos Estados Unidos.
(The Tapestry: the life and times of Francis and Edith Schaeffer, Waco, Word Books, 1981, p. 558-559; tradução minha)
P.S.: Filha de missionários, Edith nasceu na China, e conheceu o Havaí, aonde retornou em 1980, durante sua primeira viagem aos Estados Unidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário