domingo, 31 de janeiro de 2010

Ordenação de mulheres II

De alguma forma, sempre pressenti que a aprovação da ordenação feminina se baseava, em última análise, num desejo de introduzir na Igreja de Deus a confusão de papeis sexuais que tem dominado os valores da sociedade moderna. É a conformação a este século contra a qual a Bíblia nos adverte.

Para mim, a descoberta mais importante proporcionada por essa leitura não é a de que a ordenação feminina é contrária à vontade de Deus - verdade que, felizmente, já "nasci sabendo" -, e sim a de que existiu na Igreja primitiva um erro muito semelhante, quanto a essa questão, ao que hoje nos ameaça, e foi isso que motivou certas declarações feitas por Paulo em suas epístolas. Esse fato demonstra que a confusão ou inversão acima mencionada não é um fenômeno moderno por excelência, e sim uma tendência pecaminosa inerente à natureza humana decaída. Como se observa, aliás, no próprio relato bíblico da Queda.

10 comentários:

  1. Caro André,

    Biblicamente não há dúvida de que o papel sacerdotal cabe ao homem, senão vejamos:

    "A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação." [1 Timóteo 2:11-15].

    Outras passagens apontam esse papel como a ser exercido pelo homem (1 Tm 3:1-13, Tt 1:5-9).

    Entendo que é apenas por uma questão de estrutura a não ordenação de mulheres para o sacerdócio. Outrossim, não há como negar que esse é mesmo um papel masculino.

    Algumas vezes nós não compreendemos Deus, mas isso não pode nos levar a desobedecer as suas determinações. Se Ele diz que a mulher não deve exercer o sacerdócio, é não, mesmo que eu pense o contrário.

    Grande abraço,

    Em Cristo,

    Ricardo

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  2. Olá, caro Ricardo!

    Tem razão. Embora também seja dever cristão o esforço para compreender os mandamentos divinos, a disposição à obediência incondicional, anterior à compreensão, é fundamental.

    A passagem bíblica transcrita por você é discutida no livrinho, como mencionei no post anterior.

    Obrigado pelo comentário. Abraços!

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  3. COMO fica as obras realizadas por essas mulheres que acreditam que são chamadas ao ministério,se é antibiblico tal ministério pastoral?

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  4. Caro Carlos, sua pergunta merece uma discussão ampla, dependendo do que você quis dizer com ela. Mas infelizmente não estou em condições de empreender tal discussão.

    Abraços!

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  5. andré,
    você não acha que quando se discute o gênero do pregador ao invés do conteúdo da mensagem estamos caindo no mesmo erro dos discípulos quando discutiam quem era o maior dentre eles? (Marcos 9:34; Lucas 9:46).
    não acho que o Pai se preocupe com o fato de ter sido uma mulher ou um homem a ter conduzido de cima do púlpito um pequeno grupo ao senhorio de Cristo Jesus.
    enquanto estamos discutindo se é lícito ou não uma mulher pregar e ser ordenada pastora, multidões são levadas a solavancos em direção ao lago de fogo e enxofre, e, sinceramente, acho que o Senhor se entristece quando nos perdemos em discussões que não acrescentam pessoas ao Reino.
    em Mateus 18:4 o Senhor Jesus diz que aquele que se humilhar como uma criança será o maior no Reino dos céus, mas não deixa claro de qual gênero seria essa pessoa, se homem ou mulher.
    em Mateus 23:11, novamente o Senhor Jesus diz que o maior é aquele que serve.
    seria uma mulher, um homem?
    talvez este seja um assunto que não mereça tanta atenção, pois afinal é assim que coamos o mosquito e engolimos o camelo (Mateus 23:24).
    entendo que a curiosidade leva à leitura, mas só gostaria de entender o que leva uma pessoa a ESCREVER UM LIVRO sobre isso.
    e já que estamos citando o apóstolo paulo, convém lembrar da "loquacidade frívola" (I Timóteo 1:6, versão Bíblia almeida) lembrada por ele.
    ainda bem que o livro tem apenas 64 páginas, assim você não perdeu tanto do teu precioso tempo.
    um abraço, maninho.

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  6. Olá, querida amiga!

    Começando pelo final, minha opinião sobre o tamanho do livreto é bem diferente da sua: lamentei o fato de ele ser tão resumido e conter apenas 64 páginas. Creio que posso explicar as razões disso respondendo ao restante do seu comentário. Então, vamos lá.

    Creio que o núcleo da questão está no trecho em que você questionou a legitimidade de uma discussão sobre o tema, dada a existência de multidões "levadas a solavancos em direção ao lago de fogo e enxofre", o que leva você a achar que "o Senhor se entristece quando nos perdemos em discussões que não acrescentam pessoas ao Reino". O problema, minha cara, é que, dizendo isso, você condenou sem perceber a maior parte do Novo Testamento. Quase todas as epístolas de Paulo, por exemplo, dirigem-se a pessoas que ele esperava já estarem salvas, e várias dessas epístolas gastam quase todo o espaço discutindo questões que só fazem sentido para quem já é salvo; portanto, as epístolas paulinas não tinham o propósito de acrescentar pessoas ao Reino. Por exemplo, em 1 Coríntios ele gasta palavras discorrendo sobre o casamento e o divórcio entre crentes (cap. 7), sobre carne sacrificada a ídolos (cap. 8 a 11), a liturgia (cap. 12) e os dons espirituais (cap. 12 a 14). Nada disso pode interessar a quem já não é filho de Deus. Pode-se dizer o mesmo do Apocalipse, que trata de eventos presentes e futuros que nada têm de particularmente evangelísticos. Em que o conhecimento sobre o número de chifres da besta ou as diferenças entre os selos, as trombetas e as taças pode interessar à conversão de um incrédulo?

    O que estou tentando mostrar com tudo isso é que Deus não se preocupa apenas em trazer pessoas ao Reino, mas também em cuidar para que as pessoas que já se encontram aqui se tornem santas, obedientes e maduras espiritualmente. Por isso, a função do pastor não é apenas pregar a incrédulos, e sim cuidar da saúde espiritual do rebanho; não é a tarefa da evangelização que distingue o pastor dos demais crentes. É dever do crente aproveitar o ensino bíblico em sua totalidade, e não apenas naquilo que parece importante segundo sua opinião particular. E isso deve ser assim porque Deus, em sua infinita sabedoria, enxerga perigos que escapam à nossa visão limitada, e provê em sua Palavra os meios pelos quais devem ser combatidos. Somos tão limitados que podemos nem ser capazes de discernir adequadamente a diferença entre o mosquito e o camelo, e acabar tomando um pelo outro. Considero, pois, muito salutar a inciativa do pastor Augustus de escrever um livro enfocando o que a Palavra nos diz a respeito da ordenação feminina.

    Por falar nisso, concordo com você quanto a não haver referência ao gênero em Mateus 18.4 e 23.11. Nem vejo por qual motivo deveria haver, já que a auto-humilhação diante de Deus e a excelência do serviço prestado são deveres prescritos a todos os crentes, e não só aos pastores. Por outro lado, o silêncio desses dois textos sobre a questão não impede que haja outros relevantes para o tema. Fiquei com a impressão de que você não leu meu primeiro post sobre esse mesmo livreto (este aqui é o segundo). Sugiro que você dê uma olhada, pois ali eu indiquei os textos bíblicos discutidos pelo pastor Augustus em seu opúsculo. Darei um exemplo: não acho que Paulo visse a discussão sobre o ministério feminino como "loquacidade frívola", como você disse citando 1 Timóteo 1.6, pois na mesma epístola ele gasta 5 versículos inteiros (2.11-15) condenando a autoridade feminina na igreja. O ideal, minha cara, é que você leia o livrinho. Isso a ajudará a decidir com mais base bíblica se o Pai se importa ou não com o gênero dos pastores.

    Abraços!

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  7. graça e paz, andré!
    como boa abelha que sou, não tenho a desenvoltura necessária pra viver em desordem, de modo que começo pelo começo, se você me permitir o pleonasmo. ;-)
    quando você detectou o cerne da questão, chegou perto: realmente acho fútil e burocrático ficar discutindo o gênero do filho de Deus que prega as boas novas do alto do púlpito.
    não que eu pense que o evangelismo seja o centro da vida cristã, que como você mesmo disse, também é composta de muitas outras facetas, como por exemplo o crescimento do rebanho:
    “O que estou tentando mostrar com tudo isso é que Deus não se preocupa apenas em trazer pessoas ao Reino, mas também em cuidar para que as pessoas que já se encontram aqui se tornem santas, obedientes e maduras espiritualmente. Por isso, a função do pastor não é apenas pregar a incrédulos, e sim cuidar da saúde espiritual do rebanho; (...)”
    ora, você me conhece um pouco e suponho ser desnecessário dizer que também penso da mesma forma.
    até aí tudo bem.
    o que me fez me mexer incomodada na cadeira foi você ter chegado à conclusão que eu desmerecia a maior parte do Novo Testamento simplesmente porque não acho importante perder tempo -- tempo que poderia ser bem aproveitado levando as boas novas para pessoas ainda não salvas ou até mesmo lendo um livro edificante, tendo comunhão com irmãos queridos -– se emaranhando em determinadas discussões que em nada acrescentam.
    “O problema, minha cara, é que, dizendo isso, você condenou sem perceber a maior parte do Novo Testamento.”
    cheguei a pensar que pelo fato de também não usar o véu pra orar (realmente não acho isso importante), você pudesse pensar que eu então desprezo a Bíblia inteira! (I Coríntios 11, 5; 6; 10 e 13)
    hauhauhauahauh!!!
    você também, mano, tem cada uma...
    mas é claro que fui pesquisar sobre o assunto, e encontrei muita coisa (muita coisa MESMO) inclusive de especialistas em exegese e teologia bíblica e "doutores em paulo", como carlos osvaldo cardoso pinto e carolyn goodman plampin, que, aliás, divergem em seus estudos e opiniões.
    e aconteceu que em meio aquele amontoado de argumentos e expressões gregas sem fim cheguei à conclusão que prefiro xerocar as mais ou menos 60 páginas (olha só, quase o tamanho do livrim, que inclusive é citado pelo dr. carlos osvaldo) e te mandar pelo correio, o que acha?
    é que, além de ser muito trabalhoso digitar, meu teclado nem é formatado pra escrever em grego com aquelas, aquelas... aquelas letras...
    encontrei os dois trabalhos meio sem querer, num livro que comprei há uns cinco anos, no intuito de “ler quando tivesse tempo”, mas essa frase hoje em dia soa até como piada.
    são 12 ensaios, de 12 autores, compilados pelo (agora deve ser doutor, mas à época, doutorando) lourenço stelio rega, num livro composto por 405 páginas chamado “paulo – sua vida e sua presença ontem, hoje e sempre”, da editora vida.
    como curiosidade, vale a pena, principalmente se você se interessa pelo estudo da língua grega.
    se você consentir, te mando amanhã mesmo, mas de antemão já vou concordando com você em uma resposta que você deu no primeiro post (e é lógico que li o primeiro, caso contrário, como saberia a quantidade de páginas do livro?): não me sinto apta nem a debater sobre o assunto, que dirá chegar a alguma conclusão.
    afinal, se uns caras com esse cacife intelectual todo não encontraram um denominador comum, eu é que não vou.
    aliás, já desisti, há tempos, desta prática.
    falando tanto em paulo, meu versículo predileto hoje é I Coríntios 2:2:
    “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.”

    e pra finalizar meu blablablá:

    “Amados irmãos,” disse Spurgeon aos seus alunos, “oremos. Nós não podemos todos disputar, mas todos podemos orar; não podemos todos ser líderes, mas todos podemos ser intercessores; não podemos todos ser fortes na retórica, mas todos podemos ser prevalentes na oração. Quero ver-vos mais depressa eloquentes com Deus do que com os homens.”

    :-)

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  8. Minha cara Bee, a fim de não humilhá-la pela ostentação de minha desenvoltura para a desordem, respondo desta vez por tópicos, e na devida ordem:

    1. Eu de fato esperava que você concordaria comigo quanto ao fato de a função pastoral não se restringir à pregação do evangelho, muito embora essa sua opinião não tenha transparecido em seu primeiro comentário.

    2. Lamento pelo incômodo que minha pequena provocação lhe proporcionou. Na verdade, tudo o que eu pretendi foi mostrar que, não tendo você deixado claro quais são os assuntos que considera fúteis, acabou dando a impressão de considerar fútil tudo o que não é pregação do evangelho. Mas é claro que sei que você não pensa assim.

    3. Eu desconfiava, mas não sabia que você orava sem véu. Agradeço pela informação, e retribuo dizendo que não vejo problema nisso, pois o uso do véu era só um sinal visível de um princípio, e este sim é o que importa.

    4. Pensando bem, em vez de fornecer a informação do item anterior, eu devia ter feito uma piada do tipo: "Não usa, é? Ímpia!" Seria falso, mas pelo menos seria divertido.

    5. Estou muito feliz por saber que você tem pesquisado sobre o assunto. Espero que isso seja um sinal de que você não acha o assunto assim tão sem importância.

    6. Adorei a ideia de ler esses textos que você achou e gentilmente me oferece. Pela descrição, parece bem interessante. Fico muito grato e ansioso. Por favor, entre em contato com minha querida noiva para acertar os detalhes do envio.

    7. Me interesso muito pela língua grega. Até já comecei a estudar uma vez, nas férias da faculdade. Mas as provas do semestre seguinte me obrigaram a suspender essa atividade por um tempo indeterminado que ainda não terminou.

    8. Que bom que você leu meu primeiro post sobre o livrinho! Mas nem me lembrava de haver mencionado o número de páginas, de modo que achei que você tinha obtido essa informação em algum outro lugar deste mundo.

    9. Adorei a citação do Spurgeon!

    Abraços!

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  9. olá, maninho!
    ri alto com teu post.
    claro que não ia sair falando assim, em local público, que eu oro sem o véu.
    quando eu reivindicasse que fui eu que orei ("fui eu que orei! fui eu que orei!") você e a ninha poderiam se entreolhar na galhofa: "ah, tah... sem o véu...".
    e como eu ficaria nesta história?
    chato, né, cara. ;-)
    você não citou o número de páginas, mas citou o nome do livro e autor, e isso basta.
    depois fiquei pensando sobre um item da nossa conversa que me incomodou um pouco (de novo).
    pensei que talvez não tivesse deixado claro meu ponto de vista, então resolvi retomá-lo.
    não acho que o evangelismo seja o único alvo da pregação do evangelho, mas tendo em vista a vida eterna, creio que a salvação de almas seja o alvo principal sim, no propósito do Pai.
    afinal, nas palavras do apóstolo lucas, Jesus veio "para buscar e salvar o perdido" (Lucas 19:10) e o autor de Hebreus ainda corrobora que foi para "conduzir muitos filhos à glória" (Hebreus 2:10).
    é claro que curas físicas e emocionais do rebanho, crescimento em entendimento espiritual e etc. são importantes, e em hipótese alguma o Senhor acha que não haja lugar para estas coisas.
    mas você há de convir comigo que estas coisas fazem parte deste mundo, e se olharmos a vida pelo prisma da vida eterna, estas são, sim, de menor importância, não há o que discutir.
    curas, edificações, revelações e profecias têm o seu espaço, mas a salvação de almas ainda é o mais importante.
    Marcos 16:16 diz: "Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer, será condenado."
    como as pessoas vão crer se ninguém pregar?
    e se ninguém pregar a Bíblia é clara ao dizer que estas pessoas vão para o inferno.
    o que você prefere?
    ser curado, receber profecias, que Deus abençoe tremendamente a tua vida financeira, e etc. ou levar multidões ao senhorio de Cristo Jesus, nosso amado?
    é nisso que penso, andré, cada vez que oro por alguém, pedindo a Deus Pai que essa pessoa faça a oração de entrega de fato, com todo seu coração e entendimento.
    deve ser por isso que há sete anos, desde a minha genuína conversão, tanta gente vem pra Jesus na minha mão (sinceramente, até já perdi as contas...), e agora falo isso sem modéstia alguma.
    penso exatamente daquela forma (uma espécie de verdadeira renúncia) quando estou orando pela pessoa, e deve ser por isso que AMO o evangelismo, porque descobri a fórmula (muitas aspas nisso aí).
    e então o evangelismo realmente funciona comigo.
    quando renuncio aos meus "direitos" -- e amo profundamente aquela vida que nem conheço, mas que está ali na minha frente naquele momento -- a ponto de trocar tudo a que tenho "direito" pela salvação da alma dela, então, o Espírito Santo vem e faz a parte Dele.
    acho válido ficar discutindo algumas coisinhas na web, mas não acho espiritualmente saudável que isso tome o lugar de um evangelismo pessoal, por exemplo.
    quando você chegar no Céu, você acha que vai se alegrar mais em ver a tua faxineira, que você conduziu a Cristo ou lembrando daquela discussão infindável pela web que nunca chegou a lugar nenhum?
    entende?
    é disso que falo.
    e é disso que paulo falava-- e ele podia falar disso com propriedade, melhor do que ninguém -- quando disse da "loquacidade frívola" (I Timóteo 1:6).
    essa semana que passou mandei o livro pra vocês pelo correio.
    demorou porque tive que encomendar na livraria de uma amiga.
    acabou que o marido dela (um casal de senhorzinhos da presbiteriana) se apaixonou pelo livro e resolveu encomendar um pra ele também.
    legal, né?
    orando sempre por vocês,
    bee.

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  10. Oi, abelhinha querida,

    Não resisti e vou responder aqui no lugar do André, tá?

    Acho que é necessário distinguir entre duas coisas: evangelização e salvação.

    Evangelização é UM dos instrumentos da salvação. É algo que alguns crentes fazem, não todos. Eu, por exemplo, nunca consegui levar nenhum descrente a Cristo. O que consegui fazer, pela graça do nosso Deus, e várias vezes, foi firmar o crente em seu caminho, dar "um empurrãozinho pra dentro" naqueles que estavam com o pé (ou dois) pra fora.

    E disso você sabe, né, mana? ;-)

    A salvação é, com certeza, o mais importante. É o que nos alegra mais, o que nos extasia: encher o céu de almas para o Senhor. Mas isso pode ser feito de várias formas. Uma delas é a evangelização; outra é o fortalecimento dos crentes (senão eles saem da igreja, esfriam, deixam de testemunhar e evangelizar, por sua vez...).

    Os papos que eu e André empreendemos net afora têm mais a ver com o fortalecimento dos já crentes. (Sim, isso também passa pelo estudo crítico das ideias perniciosas deste mundo e por um longo trabalho de destrinchamento do que afronta as verdades de Deus. Isso também é feito com descrentes. Se os faz converterem-se, não sei, mas talvez seja um começo de algo que algum evangelista vai completar lá na frente.) Sei lá eu por quê; Deus sabe. É Ele quem distribui as diversas funções entre seus eleitos.

    Quando li seu comentário aqui, lembrei direto de Paulo falando em Efésios 4 sobre a diversidade de dons:

    11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,
    12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,
    13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,
    14 para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.
    15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
    16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

    É isso que torna a igreja mais bela, a diversidade dos dons, possibilitando ao Senhor agir através de nós por múltiplas maneiras. E tudo faz parte do testemunho do Senhor: uma igreja com crentes maduros, firmes, alegres é uma igreja que dá testemunho e também evangeliza. Mas para isso (a igreja firme) tem que ter gente não só pra botar novos crentes pra dentro, mas para firmar e fortalecer os que já estão dentro.

    Eu e Dé estamos mais para mestres. Você é a evangelista. ;-)

    Mil beijos!

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