Farei aqui uma breve reflexão sobre o seguinte trecho, que define o primeiro dos cinco pecados denunciados pelo presbítero Solano Portela nesse belo opúsculo:
"Poderíamos definir o orgulho espiritual como sendo uma atitude de desprezo aos outros irmãos. Seria abrigar a sensação de se achar possuidor de uma visão superior. Seria o desenvolvimento de uma atitude de rejeição do aprendizado, contrária à humildade que Deus requer dos Seus servos. Seria achar que somos conhecedores de uma faceta de compreensão que os demais irmãos ainda não alcançaram."
O autor passa a citar uma porção de grupos que, ao longo da história do cristianismo, atribuíram ou atribuem a si próprios essa condição de superioridade, indo dos antigos gnósticos aos modernos pentecostais. Lembrei-me de que eu já havia detectado um fenômeno semelhante fora do cristianismo, e dei-lhe o nome de "religião das elites espirituais". Parece-me que ao menos boa parte das religiões tradicionais contém em si essa divisão: as castas no hinduísmo, o sufismo entre os muçulmanos, o monasticismo na cristandade, o perenialismo como um todo. O orgulho espiritual está presente onde quer que o homem se sinta livre para inventar suas próprias formas de devoção.
Visto não haver pecado mundano que não ameace constantemente a Igreja, tais tentações estão presentes também entre aqueles que estão de fato em comunhão com Deus. O objetivo do presbítero Solano, conforme indica o título, é justamente mostrar que nós, calvinistas, não estamos de modo algum imunes a esse pecado. Deus permita que jamais nos esqueçamos disso.
"Poderíamos definir o orgulho espiritual como sendo uma atitude de desprezo aos outros irmãos. Seria abrigar a sensação de se achar possuidor de uma visão superior. Seria o desenvolvimento de uma atitude de rejeição do aprendizado, contrária à humildade que Deus requer dos Seus servos. Seria achar que somos conhecedores de uma faceta de compreensão que os demais irmãos ainda não alcançaram."
O autor passa a citar uma porção de grupos que, ao longo da história do cristianismo, atribuíram ou atribuem a si próprios essa condição de superioridade, indo dos antigos gnósticos aos modernos pentecostais. Lembrei-me de que eu já havia detectado um fenômeno semelhante fora do cristianismo, e dei-lhe o nome de "religião das elites espirituais". Parece-me que ao menos boa parte das religiões tradicionais contém em si essa divisão: as castas no hinduísmo, o sufismo entre os muçulmanos, o monasticismo na cristandade, o perenialismo como um todo. O orgulho espiritual está presente onde quer que o homem se sinta livre para inventar suas próprias formas de devoção.
Visto não haver pecado mundano que não ameace constantemente a Igreja, tais tentações estão presentes também entre aqueles que estão de fato em comunhão com Deus. O objetivo do presbítero Solano, conforme indica o título, é justamente mostrar que nós, calvinistas, não estamos de modo algum imunes a esse pecado. Deus permita que jamais nos esqueçamos disso.
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