sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Poemas de amor, poemas de guerra VI

A decepção chegou depois de eu ter lido uns três quartos da tese. Descubro que Meschonnic, após ter dito tantas coisas interessantes sobre o reducionismo das diferentes ênfases interpretativas, sobre a importância do ritmo no texto e sobre várias outras coisas, é apenas um daqueles pós-modernos que não gostam de definir com precisão os conceitos fundamentais porque a limitação tira toda a graça do negócio. E, movido por essa convicção, se perde em considerações sobre as limitações da linguagem apenas para poder vir depois com aquele papo de "não estou entendendo nada mas, pensando bem, isso é ótimo". Ora bolas! Estou decepcionado; mas não deveria estar, na verdade. Não se pode esperar muito de um sujeito que não é cristão, nem mesmo no sentido mais amplo possível dessa palavra. Continuo, pois, à procura de um intelectual não-cristão que seja capaz de fugir do racionalismo sem cair no irracionalismo, ou vice-versa.

Adendo: Perdoem-me os leitores por este post tão pouco natalino. Não sou contra a celebração do Natal, nem nada do tipo. Tanto é que deixei programada com antecedência a publicação deste breve post para poder melhor comemorá-lo. Feliz Natal a todos!

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