O segundo capítulo trata da complexa novela envolvendo os Estados Unidos, o Oriente Médio, Bush, a direita americana, o imperialismo, o islamismo e o terrorismo. Logo no início já se manifesta o horror de Magnoli pela direita americana e pelo Partido Republicano. O articulista sabe que há diferenças significativas entre republicanos e democratas. É verdade que ele crê erroneamente que essas diferenças são maiores hoje que nos tempos da Guerra Fria, mas a simples ciência dessa diferença já basta para colocar Magnoli acima de quase toda a esquerda brasileira.
Segundo o autor, Bush representa a síntese entre o neoconservadorismo e a "direita cristã". O primeiro grupo é composto de "intelectuais internacionalistas que reinterpretam a herança missionária da política externa americana num sentido unilateralista e imperial". A segunda é isolacionista e "guardiã fanática dos valores morais tradicionais". Sem dúvida, Magnoli tem alguma razão em contrapor as duas direitas. Mas as diferenças não o levam a gostar de nenhuma delas; ao contrário, é a semelhança que lhe repugna: "As duas faces da maioria republicana [...] distinguem-se em tudo, exceto na crença de que são portadoras de verdades absolutas". Mas que crime, não é mesmo?
Tem mais: segundo Magnoli, a América de Bush é avessa à Europa, patriótica, xenófoba e fundamentalista; acredita poder descrever a política na "linguagem do Bem e do Mal" e está em guerra cultural contra a modernidade. Traduzindo: a direita americana não é relativista em moral ou epistemologia; não simpatiza com os desvalores da modernidade, nem com a cultura irreligiosa da Europa, nem com os delírios dos globalistas; até se atrevem a ser cristãos em pleno século XXI. Infelizmente, não me parece que a verdade sobre a direita americana seja tão linda (ou horrível, conforme o ponto de vista) quanto Magnoli supõe. Mas, se eu fosse acreditar em Magnoli, passaria a venerar a direita americana.
Segundo o autor, Bush representa a síntese entre o neoconservadorismo e a "direita cristã". O primeiro grupo é composto de "intelectuais internacionalistas que reinterpretam a herança missionária da política externa americana num sentido unilateralista e imperial". A segunda é isolacionista e "guardiã fanática dos valores morais tradicionais". Sem dúvida, Magnoli tem alguma razão em contrapor as duas direitas. Mas as diferenças não o levam a gostar de nenhuma delas; ao contrário, é a semelhança que lhe repugna: "As duas faces da maioria republicana [...] distinguem-se em tudo, exceto na crença de que são portadoras de verdades absolutas". Mas que crime, não é mesmo?
Tem mais: segundo Magnoli, a América de Bush é avessa à Europa, patriótica, xenófoba e fundamentalista; acredita poder descrever a política na "linguagem do Bem e do Mal" e está em guerra cultural contra a modernidade. Traduzindo: a direita americana não é relativista em moral ou epistemologia; não simpatiza com os desvalores da modernidade, nem com a cultura irreligiosa da Europa, nem com os delírios dos globalistas; até se atrevem a ser cristãos em pleno século XXI. Infelizmente, não me parece que a verdade sobre a direita americana seja tão linda (ou horrível, conforme o ponto de vista) quanto Magnoli supõe. Mas, se eu fosse acreditar em Magnoli, passaria a venerar a direita americana.
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