Por mais críticas que Revel tivesse a fazer às esquerdas todas, ele próprio era claramente um revolucionário. Enunciei essa impressão após ter lido o comentário de Mary McCarthy sobre o livro e seu autor e a resposta do próprio Revel, e essa impressão vai se confirmando nos primeiros capítulos: Revel simpatiza com os movimentos feministas e raciais, com a rebelião estudantil (americana ou europeia, mas principalmente a primeira), tem em alta conta a Revolução Francesa e até transmite em certos trechos a impressão de que, por mais que critique os socialistas, o que ele próprio deseja para a humanidade é, no fim das contas, alguma forma de socialismo. Revel é do tipo que critica o comunismo apenas por não ter feito o que ele considera uma "verdadeira revolução", deixando tudo como sempre esteve - como se essa ideologia não tivesse tornado as coisas muito piores do que haviam sido até então. Bem, ao menos era isso que ele pensava em 1970. Se criou juízo mais tarde, não sei.
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