Nesta postagem vou apenas listar alguns trabalhos valiosos para quem se interessa pelas origens da mentalidade científica moderna, ou seja, pelos elementos filosóficos e teológicos que, para o bem ou para o mal, exerceram influência decisiva sobre os grandes cientistas e sobre a comunidade científica em geral. A lista a seguir não está em ordem de importância, e sim na ordem em que os li. Ficarei muito agradecido se o leitor que porventura conheça outros trabalhos relevantes puder compartilhar suas sugestões comigo.
1. Christianity and the birth of science, de Michael Bumbulis: tenho vários desacordos quanto às posturas do autor (ele é evolucionista, por exemplo), mas esse longo artigo é valioso por suas informações sobre a influência da escolástica posterior e sua visão sobre a conturbada relação atual entre a ciência e a pós-modernidade.
2. De Arquimedes a Einstein: a face oculta da invenção científica, de Pierre Thuillier: uma interessante coleção de ensaios sobre diversos elementos que resultaram em ideias científicas influentes, presentes, por exemplo, na arte renascentista ou nas posições teológicas de Darwin e Einstein.
3. A Revolução Copernicana: a astronomia planetária no desenvolvimento do pensamento ocidental, de Thomas Kuhn: o título explica a si mesmo. A despeito de equívocos quanto a certos detalhes, o livro é excelente pela abrangência e pelo tratamento não-amadorístico das questões técnicas da astronomia antiga e sua importância nos debates científicos e filosóficos dos séculos XVI e XVII. Kuhn nos apresenta aqui um ótimo exemplo histórico dos princípios gerais enunciados em seu clássico A estrutura das revoluções científicas.
4. A revolução científica e as origens da ciência moderna, de John Henry: esse pequeno livro traz uma excelente introdução ao assunto, descrevendo as principais questões atualmente debatidas pelos historiadores da ciência e fornecendo uma extensa bibliografia para os interessados em um aprofundamento.
5. Physical science in the Middle Ages, de Edward Grant: uma excelente exposição de como os pensadores da escolástica posterior anteciparam vários dos princípios da ciência pós-Galileu e, ao mesmo tempo, não romperam com a tradição científica aristotélica nos pontos essenciais.
6. Do mundo fechado ao universo infinito, de Alexandre Koyré: livro cheio de insights maravilhosos e muito bem escrito sobre a evolução do conceito de espaço em sua relação com a ciência moderna e com os sistemas metafísicos racionalistas, empiristas, neoplatônicos e neopagãos.
7. The fractal geometry of nature, de Benoît Mandelbrot: livro já bastante comentado neste blog, e cujo propósito fundamental não é histórico. Apesar disso, Mandelbrot fornece muitas pistas interessantes sobre a história da relação entre as ciências naturais e a matemática. No contexto da presente postagem, o livro tem seu valor incrementado pelo fato de que o próprio autor foi um matemático que deu enormes contribuições no campo pioneiro da geometria dos fractais, e nesse livro ele nos dá várias indicações sobre a origem de suas ideias. Trata-se, pois, da rara oportunidade de observar um gênio em ação.
1. Christianity and the birth of science, de Michael Bumbulis: tenho vários desacordos quanto às posturas do autor (ele é evolucionista, por exemplo), mas esse longo artigo é valioso por suas informações sobre a influência da escolástica posterior e sua visão sobre a conturbada relação atual entre a ciência e a pós-modernidade.
2. De Arquimedes a Einstein: a face oculta da invenção científica, de Pierre Thuillier: uma interessante coleção de ensaios sobre diversos elementos que resultaram em ideias científicas influentes, presentes, por exemplo, na arte renascentista ou nas posições teológicas de Darwin e Einstein.
3. A Revolução Copernicana: a astronomia planetária no desenvolvimento do pensamento ocidental, de Thomas Kuhn: o título explica a si mesmo. A despeito de equívocos quanto a certos detalhes, o livro é excelente pela abrangência e pelo tratamento não-amadorístico das questões técnicas da astronomia antiga e sua importância nos debates científicos e filosóficos dos séculos XVI e XVII. Kuhn nos apresenta aqui um ótimo exemplo histórico dos princípios gerais enunciados em seu clássico A estrutura das revoluções científicas.
4. A revolução científica e as origens da ciência moderna, de John Henry: esse pequeno livro traz uma excelente introdução ao assunto, descrevendo as principais questões atualmente debatidas pelos historiadores da ciência e fornecendo uma extensa bibliografia para os interessados em um aprofundamento.
5. Physical science in the Middle Ages, de Edward Grant: uma excelente exposição de como os pensadores da escolástica posterior anteciparam vários dos princípios da ciência pós-Galileu e, ao mesmo tempo, não romperam com a tradição científica aristotélica nos pontos essenciais.
6. Do mundo fechado ao universo infinito, de Alexandre Koyré: livro cheio de insights maravilhosos e muito bem escrito sobre a evolução do conceito de espaço em sua relação com a ciência moderna e com os sistemas metafísicos racionalistas, empiristas, neoplatônicos e neopagãos.
7. The fractal geometry of nature, de Benoît Mandelbrot: livro já bastante comentado neste blog, e cujo propósito fundamental não é histórico. Apesar disso, Mandelbrot fornece muitas pistas interessantes sobre a história da relação entre as ciências naturais e a matemática. No contexto da presente postagem, o livro tem seu valor incrementado pelo fato de que o próprio autor foi um matemático que deu enormes contribuições no campo pioneiro da geometria dos fractais, e nesse livro ele nos dá várias indicações sobre a origem de suas ideias. Trata-se, pois, da rara oportunidade de observar um gênio em ação.
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